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29/01/2020Polícia Civil procura invasores e investiga caso como extorsão. Prefeitura enviou equipamentos para São Paulo e espera fazer parte dos pagamentos a partir da semana que vem.
Os criminosos responsáveis pela invasão aos servidores da Prefeitura de Barrinha (SP) pediram resgate em bitcoins, segundo apuração da EPTV, afiliada da TV Globo.
Na mensagem deixada em inglês, os hackers informaram que o preço estaria sujeito à agilidade da resposta.
Identificado na última segunda-feira (28), o ataque criptografou dados e impossibilitou o acesso aos sistemas administrativo, contábil e financeiro da administração municipal, que decretou estado de emergência.
O caso foi levado ao conhecimento da Polícia Civil e da Polícia Federal. Segundo o delegado Rodrigo Pimentel Bortoleto, no âmbito da Polícia Civil o caso será investigado como extorsão.
“Foram capturados dados e exigida vantagem financeira, em que pese ser por moeda virtual, bitcoin, tem valor econômico, então foi registrado o boletim de ocorrência como extorsão e vamos tentar trilhar o caminho contrário feito pelos criminosos”, disse.
O inquérito vai buscar a origem da invasão e a identidade dos responsáveis. O delegado não descarta o envolvimento de pessoas de fora do país.
“Tivemos notícias de que há outros casos em outras cidades, então vamos entrar em contato com a Polícia Civil atuante nesses municípios pra saber se já estão mais avançados na investigação, assim como a Delegacia de Crimes Eletrônicos, do Deic em São Paulo, pra ver aí sim quais serão os próximos passos que vamos tomar”, afirmou.
Sem pagamento
A prefeita de Barrinha Maria Emilia Marcari (PTB) disse que os serviços públicos devem voltar ao normal em até cinco dias após o ataque. O crime inviabilizou, por exemplo, os pagamentos dos cerca de 1 mil funcionários públicos, que deveria ter ocorrido nesta quinta-feira (31).
Os computadores já foram enviados a São Paulo para uma empresa especializada. A expectativa é de que ao menos parte dos salários seja paga até a próxima quarta-feira (6) para servidores da educação.
“Daqui pra frente a gente já vai tomar todas as providências e uma segurança para a prefeitura e para o município, porque a gente não consegue, não entra e não sai nada, está tudo bloqueado, a gente não consegue trabalhar”, disse.
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